segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Contribuições Bronfenbrenner para a Educação



Dentre as principais contribuições de Bronfenbrenner para o desenvolvimento humano, enfatizamos a que se refere ao próprio conceito de desenvolvimento humano centrado nas relações funcionais entre ambiente e organismo, fenótipo e genótipo. De acordo com Bronfenbrenner os modelos de pesquisa precisam levar em consideração quatro tipos de processos proximais sobre o desenvolvimento: a transmissão genética das características psicológicas; os efeitos subsequentes, do estado físico e psicológico do indivíduo na primeira infância; as interações e as relações interpessoais e atitudes, especialmente dentro da família, e os efeitos do ambiente físico imediato sobre o desenvolvimento.
 Outra contribuição importante se refere aos processos proximais, pois estes permitem uma análise dos processos psicológicos de forma mais específica, uma vez que indivíduos e grupos diferem em níveis de funcionamento psicológico, não sendo possível considerar esses processos como universais, como é o caso da física.  

Bibliografia Consultada
SHEEHY, Noel; 50 grandes Psicólogos: suas idéias suas influências:

São Paulo, EDITORA CONTEXTO, 2006


           




Síntese da Teoria de Bronfenbrenner



Bronfenbrenner propôs um modelo ecológico para o desenvolvimento humano. O que o motivou foi o fato de não concordar com o paradigma de pesquisa vigente na década de 1970. O seu modelo foi fortemente influenciado pelas teorias de Kurt Lewim, em particular pelas noções de desenvolvimento e de ambiente, assim como pelas idéias de Jean Piaget sobre o processo de desenvolvimento humano. Na concepção de Bronfenbrenner, o desenvolvimento representa uma transformação que atinge a pessoa. Trata-se de uma reorganização que procede de maneira continuada dentro da unidade tempo-espaço. Realiza-se dentro de diferentes níveis: das ações, das percepções, da pessoa, das atividades, e das interações, com o seu mundo. É estimulado e inibido pelo grau de interação com as pessoas, que ocupam uma variedade de papeis, e pela participação e engajamento em diferentes ambientes. Portanto, o desenvolvimento humano se estabelece de maneira continuada e recíproca, no interjogo entre aspectos biológicos, psicológicos e ambientais, em que as forças que produzem a estabilidade e a mudança nas características biopsicológicas da pessoa, durante sucessivas gerações, são percebidas considerando os processos evolutivos e as transformações operadas na pessoa e no seu ambiente.
Na teoria de Bronfenbrenner, as variáveis genéticas e ambientais não são pólos opostos, mas se complementam para produzir modificações no desenvolvimento humano. A correlação entre essas duas variáveis, hereditariedade e meio ambiente, é analisada, em geral, em estudos de consangüinidade, de gêmeos e de adoção. Essas linhas de investigação apresentam pontos fortes e fracos no que tange a indicar o grau de variação genética e a influência significativa do ambiente.
Com as novas descobertas científicas, as transformações sociais e as perspectivas teóricas e com as políticas públicas e os campos de aplicação, Bronfenbrenner fez algumas modificações no seu modelo ecológico, que passou a ser denominado de modelo bioecológico. O paradigma norteador desse novo modelo se fundamenta na idéia da ecologia do desenvolvimento humano. Os conceitos básicos que orientam a construção do modelo e norteiam a pesquisa em desenvolvimento são decorrentes desse paradigma, são eles: ambiente ecológico, transição ecológica, validades ecológicas e de desenvolvimento, experimento ecológico e transformador e pesquisa ecológica.
Ambiente ecológico é composto por estruturas concêntricas chamadas de micro, meso, exo, macro e cronosistema. Cada uma dessas estruturas abarca progressivamente a outra.  A transição ecológica ocorre quando acontecem mudanças na posição que indivíduo ocupa no seu ambiente ecológico em decorrência de mudança de papeis, status social ou a combinação desses fatores. A validade ecológica refere-se à extensão pela qual o sujeito vivencia o seu ambiente no processo de desenvolvimento, considerando as propriedades ou condições específicas resultantes das hipóteses levantadas pelo pesquisador em uma investigação científica. A validade ecológica sustenta alguns preceitos importantes para o planejamento e a realização da pesquisa, já a validade em desenvolvimento baseia-se nas mudanças de concepções, atividades ou padrões interativos da pessoa, com repercussões em outros ambientes e momentos da vida. O experimento ecológico investiga as relações progressivas entre o organismo humano em evolução e o seu ambiente. O experimento transformador retrata a alteração e a reestruturação sistemática de sistemas ecológicos existentes. A pesquisa ecológica contém as propriedades pertinentes à pessoa e ao seu ambiente. 

Bibliografia Consultada
SHEEHY, Noel; 50 grandes Psicólogos: suas idéias suas influências:
São Paulo, EDITORA CONTEXTO, 2006

Biografia de Urie Bronfenbrenner


 
Bronfenbrenner nasceu em 1917, na cidade de Moscou, na Rússia. Aos seis anos de idade mudou-se com a família para os Estados Unidos. O seu pai trabalhava como neuropatologista em uma instituição estadual que cuidava de pessoas com problemas mentais. Cresceu nesta instituição e vivenciou experiências que influenciaram a sua concepção ecológica desenvolvida posteriormente, principalmente quanto aos aspectos biológicos e sociais. Viveu toda sua vida nos Estados Unidos, mas sempre manteve suas raízes russas, marcadas pelo cultivo da cultura e da língua-mãe. Completou seus estudos fundamentais em Haverstraw, no estado de Nova York, e recebeu grau de Bacharel em Psicologia e Música, em 1938, por Cornell. Fez Mestrado na Harvard University e o Doutorado na University of Michigan terminando em 1942. Foi casado com Liese, com quem teve seis filhos. Teve 13 netos, e uma bisneta.
  Na década de 1960, engajou-se em lutas ligadas à questão do desenvolvimento humano, por acreditar que as políticas públicas afetavam o bem-estar e o desenvolvimento dos seres humanos. Trabalhou na elaboração e implementação de projetos governamentais e não-governamentais ligados a essa questão, no sentido de mudar a realidade de crianças e de suas famílias afetadas pelas consequências de políticas públicas mal elaboradas. Entre os movimentos dos quais participou destacamos o Head Start, bastante difundido e aceito nos Estados Unidos.
Recebeu vários prêmios internacionais, como a medalhada Associação Americana de Psicologia (APA), seis títulos de honra, sendo três deles por universidades européias foi reconhecido e aclamado internacionalmente por sua obra “Ecologia do Desenvolvimento humano”.
Sua produção literária é composta por mais de 300 artigos e 13 livros. Os temas de seu interesse são: a pesquisa em psicologia do desenvolvimento, a aplicação da teoria do desenvolvimento no contexto prático e político, os parâmetros da comunicação envolvendo a publicação de pesquisas e a aplicação e difusão da teoria para a comunidade científica e para a sociedade em geral.
Urie Bronfenbrenner  faleceu em sua casa, em Ithaca, New York, no dia 25 de Setembro de 2005, aos 88 anos.

Bibliografia Consultada
SHEEHY, Noel; 50 grandes Psicólogos: suas idéias suas influências:
São Paulo, EDITORA CONTEXTO, 2006



Contribuição de Piaget para a Educação


Piaget mostrou que as crianças não pensam como os adultos e constróem o próprio aprendizado. A grande contribuição de Piaget foi estudar o raciocínio lógico-matemático, que é fundamental na escola. As descobertas de Piaget tiveram grande impacto na pedagogia. Para Piaget, o conhecimento se dá por descobertas que a própria criança faz um mecanismo que outros pensadores antes dele já haviam intuído, mas que ele submeteu à comprovação na prática. Com Piaget, ficou claro que as crianças não raciocinam como os adultos e apenas gradualmente se inserem nas regras, valores e símbolos da maturidade psicológica. Um conceito essencial da epistemologia genética de Piaget é o egocentrismo, que explica o caráter mágico e pré-lógico do raciocínio infantil. A maturação do pensamento rumo ao domínio da lógica consiste num abandono gradual do egocentrismo. Com isso se adquire a noção de responsabilidade individual, indispensável para a autonomia moral da criança.
            A obra de Piaget leva à conclusão de que o trabalho de educar crianças não se refere tanto à transmissão de conteúdos quanto a favorecer a atividade mental do aluno. Conhecer sua obra, portanto, pode ajudar o professor a tornar seu trabalho mais eficiente. Algumas escolas planejam as suas atividades de acordo com os estágios do desenvolvimento cognitivo. Nas classes de Educação Infantil com crianças entre 2 e 3 anos, não é difícil perceber que elas estão em plena descoberta da representação. Começam a brincar de ser outra pessoa, com imitação das atividades vistas em casa e dos personagens das histórias. A escola fará bem em dar vazão a isso promovendo uma ampliação do repertório de referências. a educação deve possibilitar à criança um   desenvolvimento amplo e dinâmico desde o período sensório- motor até o operatório abstrato.
A escola deve partir dos esquemas de assimilação da criança, propondo atividades desafiadoras  promovendo a descoberta e a construção do conhecimento.
           
Para construir esse conhecimento, as concepções infantis combinam-se às informações advindas do meio, na medida em que o conhecimento não é concebido apenas como sendo descoberto espontaneamente pela criança, nem transmitido de forma mecânica pelo meio exterior ou pelos adultos, mas, como resultado de uma interação, na qual o sujeito é sempre um elemento ativo, que procura ativamente compreender o mundo que o cerca, e que busca resolver as interrogações que esse mundo provoca.

Bibliografia Consultada
PALMER, Joy A.; 50 Grandes Educadores Modernos: de Piaget a Paulo Freire:
São Paulo, EDITORA CONTEXTO, 2006

Síntese da Teoria de Piaget


A teoria de Piaget defende que o indivíduo passa por várias etapas de desenvolvimento ao longo da sua vida. O desenvolvimento se dá através do equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, resultando em adaptação. Segundo esta formulação, o ser humano assimila os dados que obtém do exterior, mas uma vez que já tem uma estrutura mental que não está "vazia", precisa adaptar esses dados à estrutura mental já existente. O processo de modificação de si próprio é chamado de acomodação. Este esquema revela que nenhum conhecimento nos chega do exterior sem que sofra alguma alteração pela nossa parte. Piaget fez seus estudos de psicologia do desenvolvimento entrevistando milhares de crianças e inicialmente observando como seus filhos cresciam. Através da minuciosa observação de seus filhos e principalmente de outras crianças, Piaget impulsionou a Teoria Cognitiva, onde propõe a existência de quatro estágios.

Estágios

Segundo Piaget, há quatro estágios básicos do desenvolvimento cognitivo do pensamento infantil desde o nascimento até o início da adolescência, quando a capacidade plena de raciocínio é atingida. O primeiro é o estágio sensório-motor, que vai até os 2 anos. Nessa fase, as crianças adquirem a capacidade de administrar seus reflexos básicos para que gerem ações prazerosas ou vantajosas. É um período anterior à linguagem, no qual o bebê desenvolve a percepção de si mesmo e dos objetos a sua volta. O estágio pré-operacional vai dos 2 aos 7 anos e se caracteriza pelo surgimento da capacidade de dominar a linguagem e a representação do mundo por meio de símbolos. A criança continua egocêntrica e ainda não é capaz, moralmente, de se colocar no lugar de outra pessoa. O estágio das operações concretas, vai dos 7 aos 11 ou 12 anos, tem como marca a aquisição da noção de reversibilidade das ações. Surge a lógica nos processos mentais e a habilidade de discriminar os objetos por similaridades e diferenças. A criança já pode dominar conceitos de tempo e número.
            Por volta dos 12 anos começa o estágio das operações formais. Essa fase marca a entrada na idade adulta, em termos cognitivos. O adolescente passa a ter o domínio do pensamento lógico e dedutivo, o que o habilita à experimentação mental. Isso implica, entre outras coisas, relacionar conceitos abstratos e raciocinar sobre hipóteses.

Bibliografia Consultada
PALMER, Joy A.; 50 Grandes Educadores Modernos: de Piaget a Paulo Freire:

São Paulo, EDITORA CONTEXTO, 2006

Biografia de Jean Piaget


 
Nasceu em Neuchâtel, Suíça em 9 de agosto de 1896. Foi um menino prodígio. Aos 11 anos de idade, publicou seu primeiro trabalho sobre a observação de um pardal albino. Esse breve estudo é considerado o inicio de sua brilhante carreira cientifica. Desde cedo se interessou em biologia filosofia, religião e ciência, formou-se em biologia, na universidade de Neuchâtel e, aos 23 anos, Após formar-se, Piaget foi para Zurique, onde trabalhou com a psicologia experimental. Lá ele freqüentou aulas lecionadas por Jung. Ele passou a combinar a psicologia experimental com métodos informais de psicologia: entrevistas, conversas e análises de pacientes. Em 1919, Piaget mudou-se para a França onde foi convidado a trabalhar no laboratório de Alfred Binet, um famoso psicólogo infantil que desenvolveu testes de inteligência padronizados para crianças. Piaget notou que crianças francesas da mesma faixa etária cometiam erros semelhantes nesses testes e concluiu que o pensamento se desenvolve gradualmente. O ano de 1919 foi o marco em sua vida. Piaget iniciou seus estudos experimentais sobre a mente humana e começou a pesquisar também sobre o desenvolvimento das habilidades cognitivas. Seu conhecimento de biologia levou-o a enxergar o desenvolvimento cognitivo de uma criança como sendo uma evolução gradativa Em 1924, publicou o primeiro de mais de 50 livros, A Linguagem e o Pensamento na Criança. Antes do fim da década de 1930, já havia ocupado cargos importantes nas principais universidades suíças, além da diretoria do Instituto Jean-Jacques Rousseau, tendo assumido o lugar de seu mestre, Édouard Claparède.  Foi também nesse período que acompanhou a infância dos seus filhos, uma das grandes fontes do trabalho de observação do que chamou de "ajustamento progressivo do saber". Posteriormente se dedicou à área de Psicologia, Epistemologia e Educação. Foi professor de psicologia na Universidade de Genebra de 1929 a 1954; tornando-se mundialmente reconhecido pela sua revolução epistemológica. Piaget se tornou Doutor em ciência naturais pela Universidade de Neuchâtel e após estudou brevemente na Universidade de Zurich.. Esses dados permitiram o lançamento da hipótese de que o pensamento infantil é qualitativamente diferente do pensamento adulto. No ano de 1923, se casou com Valentine Châtenay, uma de suas ex-alunas. Juntos, tiveram3 filhos: Jacqueline(1925), Lucienne(1927) e

 Laurent (1931). As teorias de Piaget foram, em grande parte, baseadas em estudos e observações de seus filhos que ele realizou ao lado de sua esposa. filhos. Nos últimos anos de sua vida centrou seus estudos no pensamento lógico-matemático. Foi considerado o maior expoente do estudo desenvolvimento cognitivo. Até o fim da vida, recebeu títulos honorários de algumas das principais universidades européias e norte-americanas. Morreu no dia 19 de setembro 1980 em Genebra, Suíça.

Bibliografia Consultada
PALMER, Joy A.; 50 Grandes Educadores Modernos: de Piaget a Paulo Freire:
São Paulo, EDITORA CONTEXTO, 2006

Estágio da Teoria de Freud



A teoria de Freud propõe que o desenvolvimento da pessoa está associada a uma progressão ordenada. Passando por etapas psicossexuais ou libidinais. A primeira etapa, a etapa oral, vai desde o nascimento até dois anos, e nela se desenvolvem as atividades nutricional, lúdica e educativa. A libido se manifesta  pela boca é exemplificada pelo prazer dos bebês durante a amamentação e ao chupar a chupeta, com a função  de proporcionar prazer. A segunda etapa, a anal ocorre entre dois e três anos, e se caracteriza pela luta pela experimentação e auto–afirmação. A libido se focaliza  pelo prazer das crianças ao controlar suas fezes e urina. A teceira etapa é a etapa fálica que vai dos três anos aos cinco que se caracteriza pela curiosidade da criança. Ele descobre suas zonas genitais e das pessoas que a rodeiam. Ela percebe a diferença entre os sexos. A libido se estende por todo o corpo a criança sente prazer em  manipular  os órgãos genitais e exibi-los. O primeiro investimento objetal da libido, segundo Freud, ocorreria no progenitor do sexo oposto, esta fase caracterizada pelo investimento libidinal em um dos progenitores se chama “ Complexo de Édipo”. A criança percebe então que entre ela e a mãe (no caso de um menino) existe o pai, impedindo a comunhão por ele desejada. A criança passa então a amar a mãe e a experimentar um sentimento antagônico de amor e ódio com relação ao pai. Ela percebe então que tanto o amor vivido com a mãe como o ódio vivido com o pai são proibidos e o complexo de Édipo é então finalizado com o surgimento do superego, com a desistência da criança com relação à mãe e com a identificação do menino com o pai.

Aplicações na educação

Os estudos de Freud provocaram impacto em várias áreas, inclusive na Educação. Suas pesquisas que começaram pela observação da histeria em mulheres, aos poucos foram se deslocando para a psicologia infantil. As maiores contribuições de Freud nessa área estão no conhecimento do desenvolvimento sexual da criança.
            Freud detectou uma ampla gama de impulsos operando dentro e fora da libido  do indivíduo desde o nascimento.  A superação do Complexo de Édipo resultaria, entre outras coisas, no redirecionamento da libido e na internalização da autoridade paterna etapa fundamental da formação do superego. Freud começou então a afirmar a existência da sexualidade infantil e a necessidade de conhecê-la.

Bibliografia Consultada
PALMER, Joy A.; 50 Grandes Educadores Modernos: de Piaget a Paulo Freire:
São Paulo, EDITORA CONTEXTO, 2006

Síntese da Teoria de Freud

Por volta de 1920 Freud elabora então uma teoria da personalidade que constituiu uma verdadeira revolução quanto ao modo de estruturação do nosso psiquismo. Segundo ele, seriam três as instâncias básicas da personalidade: o id, o ego e o superego.  O id designaria os impulsos, as motivações e desejos mais primitivos do ser humano. Para Freud, em grande parte esses desejos seriam de caráter sexual, tendo em mira o prazer. No início, o ser humano seria todo ele id, o organismo humano não busca mais que a satisfação das suas necessidades instintivas e através delas o prazer. O id como tal é inconsciente, embora procure alcançar a consciência para desse modo conseguir a realização dos seus desejos. O ego é o conceito que Freud utiliza para designar o conjunto de processos psíquicos e de mecanismos através dos quais o organismo entra em contacto com a realidade objetiva. O ego seria um guia do comportamento do organismo à luz da realidade a razão a busca pelo controle. É certo, que o ego faz eco das demandas do id e dos seus desejos, mas a sua função consiste em satisfazer ou não, segundo as possibilidades oferecidas pela realidade. Não é que o ego não queira o prazer que o id procura, porém às vezes reconhece que tem de suspender a sua procura sob pena de entrar em conflito com a realidade. A terceira instância da personalidade, superego, representa as normas e os valores convencionais da sociedade ou do grupo social no qual o indivíduo foi criado e em que está inserido.  Representa a sociedade dentro do próprio indivíduo, com as suas leis e normas muitas vezes fonte de embaraço e de inibição para a estrutura do ego. É evidente que as exigências do superego se opõem quase sempre aos desejos do id. Este conflito, entre o superego e o id incide diretamente no ego, já que tanto o id como o superego procuram que o ego atue de acordo com as suas próprias exigências ou desejos. Normalmente o que o ego faz é procurar uma solução de compromisso, que os satisfaça, embora parcialmente.
A partir de sua teoria, Freud resolveu tratar casos através da interpretação dos sonhos das pessoas e também através do método da associação livre, neste último ele fazia com que seus pacientes falassem qualquer coisa que lhes viessem à cabeça. Com este método ele era capaz de desvendar os sentimentos “reprimidos", ou seja, aqueles sentimentos que seus pacientes guardavam somente para si, após desvendá-los ele os estimulava a colocarem esses sentimentos para fora. Desta forma ele conseguiu curar muitas doenças da mente. Estes elementos tornaram-se as bases da psicanálise.
Freud realizou uma revolução no âmbito humano: a idéia de que somos movidos pelo inconsciente. Freud pôde observar nos seus pacientes neuróticos, que a maior parte das perturbações emocionais se deviam à existência de problemas sexuais reprimidos, embora, o conceito de sexualidade tivesse para ele um significado muito mais vasto do que lhe era atribuído pela linguagem comum.
          A revolução promovida por Freud abriu caminhos para estudos que antigamente se encontravam em um plano imaginário. A criação de um método clínico a serviço do diagnóstico e tratamento de doenças . Freud inovou em dois campos. Simultaneamente, desenvolveu uma teoria da mente e da conduta humana, e uma técnica terapêutica para ajudar as pessoas afetadas psiquicamente. A psicanálise. Seus conceitos de inconsciente, desejos inconscientes e repressão foram revolucionários; propõem uma mente dividida  dominada em certa medida por vontades primitivas estão escondidas sob a consciência e que se manifestam nos lapsos e nos sonhos. Em sua obra mais conhecida, A Interpretação dos Sonhos, Freud explica o argumento para postular o novo modelo do inconsciente e desenvolve um método para conseguir o acesso ao mesmo, tomando elementos de suas experiências prévias com as técnicas de hipnose. Freud postula a existência de um pré-consciente, que descreve como a camada entre o consciente e o inconsciente. A repressão em si tem grande importância no conhecimento do inconsciente. De acordo com Freud, as pessoas experimentam repetidamente pensamentos e sentimentos que são tão dolorosos que não podem suportá-los. Tais pensamentos e sentimentos (assim como as recordações associadas a eles) não podem ser expulsos da mente, mas, em troca, são expulsos do consciente para formar parte do inconsciente. 

Bibliografia Consultada
SHEEHY, Noel; 50 grandes Psicólogos: suas idéias suas influências:
São Paulo, EDITORA CONTEXTO, 2006

Biografia de Sigmund Freud



Sigmund Freud nasceu em 6 de maio de 1856 na pequena cidade de Freiberg, na Morávia, na época parte do império Austro-Húngaro, hoje República Tcheca. Era filho de Amalie Freud e de Jacob Freud, e filho mais velho do terceiro casamento de seu pai. quando Freud nasceu sua mãe tinha apenas 21 anos de idade e seu pai tinha 40 anos.
         Circuncidado ao nascer, o jovem Sigmund Freud recebeu uma educação judaica não tradicionalista e aberta à filosofia do Iluminismo. Freud foi um aluno muito bom em seus estudos secundários. Em 1873, ingressou  na universidade de Viena. Em 1881 formou-se  em medicina. Seu primeiro cargo como médico foi no Hospital Geral de Viena, seguido de um trabalho no laboratório de anatomia cerebral de Theodor Meynert.   No hospital, depois de algumas desilusões com o estudo dos efeitos terapêuticos da cocaína  com inclusive um episódio de morte por overdose de um amigo. Freud recebe uma licença e viaja para a França, onde trabalha com Charcot, um respeitável psiquiatra do hospital psiquiátrico Saltpêtrière que estudava a histeria. De volta ao Hospital Geral e entusiasmado pelos estudos de Charcot, Freud passa a atender, na maior parte, jovens senhoras judias que sofriam de um conjunto de sintomas aparentemente neurológicos que compreendiam paralisia, cegueira, parcial, alucinações, perda de controle motor e que não podiam ser diagnosticados com exames. O tratamento mais eficaz para tal doença incluía, na época, massagem, terapia de repouso e hipnose.
Em Setembro de 1886 em Hamburgo, Freud casou-se com Martha Bernays, tiveram seis filhos. Um deles, Martin Freud, escreveu uma memória intitulada Freud: Homem e Pai, na qual descreve o pai como um homem reservado, porém, amável, que trabalhava extremamente, por longas horas, mas que adorava ficar com suas crianças durante as férias de verão. Anna Freud, filha de Freud, foi também uma psicanalista destacada, particularmente no campo do tratamento de crianças e do desenvolvimento psicológico.
A classe médica em geral acaba por marginalizar as ideias de Freud inicialmente; seu único confidente durante esta época é o médico Wilhelm Fliess. Depois que o pai de Freud falece, em outubro de 1896, segundo as cartas recebidas por
Fliess, Freud, naquele período, dedica-se a anotar e analisar seus próprios sonhos, remetendo-os à sua própria infância e, no processo, determinando as raízes de suas próprias neuroses. Freud chega à conclusão de que seus próprios problemas eram devidos a uma atracão por sua mãe e a uma hostilidade ao seu pai. É o famoso "complexo de Édipo", que se torna o coração da teoria de Freud sobre a origem da neurose em todos os seus pacientes. Nos primeiros anos do século XX, são publicadas suas obras A Interpretação dos Sonhos e A Psicopatologia da Vida Cotidiana. Nesta época, Freud já não mantinha mais contato nem com Josef Breuer, nem com Wilhelm Fliess. Freud morreu de câncer aos 83 anos de idade no dia 23 de setembro de 1939. 

SHEEHY, Noel; 50 grandes Psicólogos: suas idéias suas influências:
São Paulo, EDITORA CONTEXTO, 2006

O abuso sexual de crianças e adolescentes


     O abuso sexual de crianças e adolescentes é um crime hediondo. É identificado em todas as camadas sociais, independente de condição econômica, sexo, raça e idade. Esse tipo de violência contra o menor consiste na participação de crianças e adolescentes na prática de atos libidinosos com pessoas adultas. Nessas práticas sexuais, o menor serve de objeto de prazer para satisfazer as taras dos adultos. A vítima é forçada a se submeter a esta violência sem ter maturidade suficiente para compreender o que está acontecendo.
     O abuso sexual se caracteriza por diversas formas em suas expressões; são elas: nudez, exposição da genitália, carícias, toques, penetrações digitais, sexo oral, vaginal, anal, relacionamento sexual grupal, shows e filmagens pornográficas com participação de animais e objetos. Além disso, o silêncio das vítimas motivado por ameaças a sua vida e a de seus familiares, caracteriza esse crime como grave, perverso e difícil de ser descoberto.
     Os primeiros relatos sobre crimes dessa natureza datam da década de 60, embora o assunto já tenha sido abordado em 1919, em um artigo escrito por Freud. Medicamente o abuso sexual é dividido em duas patologias: a pedofilia (abuso de crianças) e a hebefilia (abuso de adolescentes). Na maioria dos casos os agressores são membros da família e pessoas conhecidas da família da vítima, como empregados da residência, amigos da família, parentes consaguíneos, pais, educadores e etc. Na maioria desses casos os agressores são do sexo masculino e difíceis de serem identificados, pois são oriundos de todas as raças e níveis sociais. Além disso, o acusado na maioria dos casos sofreu violência sexual na infância ou na adolescência e acabam por se tornar também agressores sexuais.
     A relação mais comum e mais frequente em casos policiais dessa natureza é a relação entre pai e filha, embora também seja comum, porém, pouco noticiada nas manchetes policiais e nos prontuários médicos, a relação incestuosa entre irmãos.  A maioria desses casos de incesto ocorre em um ambiente familiar marcado pelo domínio do pai, que controla a todos pela força e pela coerção e também pela conivência e o silêncio da mãe, o que dificulta a descoberta do crime.
     O diagnóstico do crime é possível por meio do comportamento e outras manifestações da criança, que podem sugerir abusos sexuais, por exemplo: interesse precoce por brincadeiras sexuais, aversão a atividades ou brincadeiras de conotação sexual; medo de ficar sozinha (gruda demais em outras pessoas); comportamento emocionalmente regressivo, como chupar dedo, agarrar-se a uma frauda, evita sair de casa, fantasias suicidas, depressão, calor, criação de um mundo e de um amigo imaginários e promiscuidade. Outras possibilidades que devem ser consideradas são: terror e pavor noturnos; sonambulismo; medo de adormecer e ser atacado; dificuldade em confiar em outras pessoas; ansiedade; medo do sexo oposto, agressividade, hostilidade, destrutivo; hiperativo; postura de pessoa madura; isolamento; dificuldade em manter ou estabelecer amizades construtivas; submissão; obediência ao extremo; dificuldade em expressar desejos, sentimentos e vontades. Os adolescentes tendem ao uso de drogas lícitas e ilícitas e tornam-se em alguns casos dependentes químicos. As drogas funcionam como um meio de aliviar as tensões, os traumas, a depressão e outros sentimentos dolorosos decorrentes do abuso sexual e da violência. Na criança, quanto mais rápido for identificado o abuso, mais rápido será o processo de acompanhamento e intervenção na realidade.
     O tratamento das vítimas de abuso sexual é feito principalmente por meio de terapias. Estas podem ser aplicadas por alguns profissionais, como: pediatra, assistente social, psicoterapeuta, padre, orientador educacional e etc. A família da vítima também deve passar por tratamento terapêutico, pois ela é quem vai estar ao lado do menor durante o processo de recuperação, acompanhando a sua evolução emocional. Essa terapia com o menor deve ser desenvolvida de maneira individual em paralelo com a trabalho realizado com a família e só mais tarde os dois podem ser inseridos no mesmo grupo. Essa união da família com o menor é um fator importante no processo de recuperação. 
     O agressor deve também passar por tratamento para evitar que volte a molestar sexualmente menores. É importante salientar que o agressor não deve apenas cumprir uma pena imposta pelo estado. Este deve fornecer tratamento psicológico adequado e reintegra-lo a sociedade. Isto é uma das formas de prevenção; evitar a reincidência. Outras formas são: a educação sexual nas escolas, igrejas e associações, como forma de ensinar aos menores que somente eles tem direito sobre o seu corpo e que ninguém pode tocá-lo sem o seu consentimento; implantação de serviços de ajuda por telefone e Internet, que deve funcionar também como meio de denunciar os abusos e os agressores; tratamento para famílias incestuosas; centros de prevenção para crises em estupro, visando o atendimento de mulheres menores vítimas desse tipo de abuso, que se sentem constrangidas em procurar ajuda no início; programas de orientação e educação de familiares e futuros pais, promovidos por instituições religiosas, associações e hospitais; envolvimento das empresas de comunicação de massa (rádio, jornais, televisão, revistas) em campanhas de combate, prevenção e orientação sobre abuso sexual de menores.
     É de suma importância que toda a sociedade se envolva de forma sistemática no combate e principalmente na prevenção deste crime perverso e covarde, que fere a honra e a dignidade do ser humano.                           

 Bibliografia Consultada

RIBEIRO, Marcos. (org.). O Prazer e o pensar. São Paulo: Gente, 1999. Vol. 2

Contribuições de Morim para a educação.


Neste capítulo apresento algumas contribuições de Edgar Morin para a educação a partir da abordagem dos efeitos nocivos do pensamento fragmentado na educação.
Dentro do contexto atual de crise e possibilidades, Morin sugere a transdisciplinaridade como maneira de romper os limites do isolamento e do reducionismo do saber, que o fragmenta e o inibe. Afirma que é urgente se ressituar o saber, que no momento está parcelado, mutilado e disperso, fruto da especialização promovida e difundida desde o século XIX.
Os efeitos desse fragmentismo se refletem, hoje, na educação de várias formas  e manifestações, e permeiam consequentemente, o currículo das escolas. Segundo Morin,  as crianças aprendem história, geografia, química, física e biologia dentro de categorias isoladas, sem saber que a história se situa dentro de espaços geográficos e que cada espaço ou paisagem geográfica é fruto de uma história terrestre que envolve fenômenos físicos, químicos e biológicos. O resultado desse saber parcelado e  fragmentado, é que o currículo através de suas várias disciplinas não favorece a comunicação e o diálogo entre os saberes, dificultando a perspectiva de conjunto que favorece a aprendizagem. Morin, sugere a interligação de todos os saberes, para que o aluno tenha uma visão  geral, e não uma visão fragmentada.  Defende que a escola deve definir o seu papel no atual contexto histórico, social, e político, carecendo construir sua identidade. Esse processo de construção da identidade na escola, só é possível, contudo, se as pessoas envolvidas nessa construção quiserem de fato realizá-la, cultivando-se , melhorando-se, e também aprendendo dia a dia. É necessário que cada indivíduo membro da comunidade escolar utilize a sua auto-afirmação e o autoconhecimento na construção de sua própria identidade. Através desse processo organizador de autoconhecimento, o sujeito transforma-se, constroi sua própria identidade e aprende sempre, colocando o seu aprendizado em função de seu meio ambiente. Sendo assim, tanto educadores como escola, não podem perder de vista que a construção da indentidade da escola deve passar primeiramente, pela construção da indentidade individual de cada membro. Para Morin o ato de aprender não significa apenas transformar o desconhecido em conhecimento, é a conjunção do reconhecimento e da descoberta. O conhecimento está naturalmente ligado a vida, fazendo parte da existência humana. O ato de conhecer está presente nos fenômenos biológicos, cerebrais, espirituais, culturais, ligüísticos, sociais, políticos e históricos, por isto o ser condiciona o conhecer, e este condiciona  ao mesmo tempo o ser. A partir  desse pensamento, Morin afirma que o conhecimento envolve características subjetivas, individuais e existenciais, além das objetivas que são orientadas  pela razão, pois tratando-se de experiências e ações humanas não se pode separá-las da emoção. Morin, afirma que é necessário  considerar os aspectos como paixão, dor e prazer no ato do conhecimento. Alerta para que se tenha  cautela na busca pelo conhecimento; é importante que preocupações com a ética, consigo mesmo e com o outro sejam observadas.
Com relação ao uso das novas tecnologias na educação,  Morin faz uma comparação entre o conhecimento que o computador produz e o produzido pelo homem; diz que o computar não produz conhecimento subjetivo, é uma máquina submetida as intenções, desejos, projetos e  finalidades dos seres e dos grupos humanos que o criaram; já com os seres humanos não é isso que ocorre, sua dependência está associada a sua autonomia e aos seus próprios desejos.
Izabel Petraglia, diz no seu livro(2008, p.82)  que o sentido do trabalho de Edgar Morin é provocar a reflexão da educação, pautada na consciência da complexidade presente em toda a realidade, ou seja, é fundamental para o professor, que ele compreenda a teia de relações existente entre todas as coisas, para que possa pensar a ciência una e múltipla, simultaneamente. Afirma ainda que o subsídio de seu pensamento para a educação está na teoria e na prática, do “tudo se liga a tudo” e é no “aprender a aprender” que o professor pode transformar sua ação numa prática pedagógica transformadora. 
Essa contribuição para a educação, aponta para um caminho que transcende em seus limites e possibilidades, propondo a prática transdisciplinar. Morin, entende por “transdisciplinaridade” o intercâmbio e as articulações entre as disciplinas. Essa prática possibilita a superação de toda e qualquer fronteira que reprime, reduz e isola o saber em territórios delimitados.
No processo de construção do conhecimento dentro do ambiente escolar, deve ficar bem claras para todos(alunos e professores) todas as relações que, de alguma forma se fazem presentes nas ações pedagógicas.
Morin, lembra que a história das ciências é marcada pela transdisciplinaridade, cita como exemplo as grandes unificações transdisciplinares marcadas com os nomes de Newton, Maxwell, Einstein e o esplendor de filosofias subjacentes(empirismo, positivismo, pragmatismo) ou de imperialismos teóricos(Marxismo, freudismo).
Dentro desse contexto, devem ser refletidas e ampliadas as discussões acerca da importância das relações entre as disciplinas; entre a disciplina e o curso; entre a disciplina e a vida, a fim de  não se estimular a elaboração de conhecimentos parcelados oriundos do pensamento linear e simplista, promovendo a construção de um saber uno, considerando que um todo é composto por muitos aspectos. Izabel Petraglia, diz que a partir do trabalho de Morin, podemos perceber que é fundamental que na escola fiquem claras algumas distinções da prática pedagógica cotidiana; distinguir e não separar ou disjuntar; associar e interligar e não reduzir ou isolar; complexificar e não simplificar.
Sobre a formação dos professores, Morin reconhece que muitos profissionais da educação, encontram-se num estado de morosidade, rotina, subserviência e embrutecimento. Para mudar essa realidade, ele propõe que os professores iniciem um movimento, mesmo de forma individual e solitária, de “reforma do pensamento”; reforma que deve partir do pensamento simplista e linear para um pensamento complexo.
Morin, sugere que os professores devem ir em busca do conhecimento e da formação necessária para atuar na prática transdisciplinar; deve cultivar-se sempre. Deve ser um autodidata, partindo do estudo do que chama de novo tipo de ciência: ecologia, ciências da terra e cosmologia. Acredita que dessa maneira, o ser humano, através da educação, será capaz de reformular seu pensamento e  refletir-se conscientemente.     
Aos alunos, Morin recomenda o ensino do que ele chama de novo tipo de ciência: ecologia, ciências da terra e cosmologia.
Ecologia, porque segundo ele, podemos extrair da ecologia ensinamentos que nos permitem pensar e agir de uma maneira diferente em relação ao meio em que vivemos. Na opinião dele, esta seria uma das ciências de base da escola primária, muito mais importante do que ensinar às  crianças as ciências naturais.
As ciências da terra, envolvem a ligação entre várias ciências, como a meteorologia, a vulcanologia, a sismologia, a geografia e a geologia. Essas ciências podem se comunicar sem por isso se unificar em visão reducionista; elas se comunicam porque a terra é um sistema vivo. Não vivo como um ser vivo, como somos todos nós, mas um ser vivo que tem sua própria vida e sua própria história. Segundo Morin, é um objeto central para se ensinar as crianças e ele pensa que é muito mais apaixonante para uma criança,  ver e entender como  coisas tão diversas são reais.
A cosmologia é um dos principais prolongamentos da moderna astrofísica, que estuda, entre outras coisas relacionadas ao universo, a origem do universo e do seu futuro. Edgar Morin, diz que através do ensino da cosmologia podemos fazer com que uma criança compreenda que tudo de que o universo é composto formou-se desde os primeiros segundos da sua criação; que suas próprias partículas e moléculas também são muito antigas, que o carbono de que ele é feito provém de sois anteriores... Nós somos totalmente filhos deste universo, mesmo sendo diferenciados.
E importante fazer com que as crianças aprendam sobre a origem do universo, e, consequentemente sobre a sua própria origem.

Bibliografia Consultada

PETRAGLIA, Izabel. Edgar Morin: a educação e a complexidade do ser e do saber.    10. ed. Revista e ampliada. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.