segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Síntese da Teoria de Freud

Por volta de 1920 Freud elabora então uma teoria da personalidade que constituiu uma verdadeira revolução quanto ao modo de estruturação do nosso psiquismo. Segundo ele, seriam três as instâncias básicas da personalidade: o id, o ego e o superego.  O id designaria os impulsos, as motivações e desejos mais primitivos do ser humano. Para Freud, em grande parte esses desejos seriam de caráter sexual, tendo em mira o prazer. No início, o ser humano seria todo ele id, o organismo humano não busca mais que a satisfação das suas necessidades instintivas e através delas o prazer. O id como tal é inconsciente, embora procure alcançar a consciência para desse modo conseguir a realização dos seus desejos. O ego é o conceito que Freud utiliza para designar o conjunto de processos psíquicos e de mecanismos através dos quais o organismo entra em contacto com a realidade objetiva. O ego seria um guia do comportamento do organismo à luz da realidade a razão a busca pelo controle. É certo, que o ego faz eco das demandas do id e dos seus desejos, mas a sua função consiste em satisfazer ou não, segundo as possibilidades oferecidas pela realidade. Não é que o ego não queira o prazer que o id procura, porém às vezes reconhece que tem de suspender a sua procura sob pena de entrar em conflito com a realidade. A terceira instância da personalidade, superego, representa as normas e os valores convencionais da sociedade ou do grupo social no qual o indivíduo foi criado e em que está inserido.  Representa a sociedade dentro do próprio indivíduo, com as suas leis e normas muitas vezes fonte de embaraço e de inibição para a estrutura do ego. É evidente que as exigências do superego se opõem quase sempre aos desejos do id. Este conflito, entre o superego e o id incide diretamente no ego, já que tanto o id como o superego procuram que o ego atue de acordo com as suas próprias exigências ou desejos. Normalmente o que o ego faz é procurar uma solução de compromisso, que os satisfaça, embora parcialmente.
A partir de sua teoria, Freud resolveu tratar casos através da interpretação dos sonhos das pessoas e também através do método da associação livre, neste último ele fazia com que seus pacientes falassem qualquer coisa que lhes viessem à cabeça. Com este método ele era capaz de desvendar os sentimentos “reprimidos", ou seja, aqueles sentimentos que seus pacientes guardavam somente para si, após desvendá-los ele os estimulava a colocarem esses sentimentos para fora. Desta forma ele conseguiu curar muitas doenças da mente. Estes elementos tornaram-se as bases da psicanálise.
Freud realizou uma revolução no âmbito humano: a idéia de que somos movidos pelo inconsciente. Freud pôde observar nos seus pacientes neuróticos, que a maior parte das perturbações emocionais se deviam à existência de problemas sexuais reprimidos, embora, o conceito de sexualidade tivesse para ele um significado muito mais vasto do que lhe era atribuído pela linguagem comum.
          A revolução promovida por Freud abriu caminhos para estudos que antigamente se encontravam em um plano imaginário. A criação de um método clínico a serviço do diagnóstico e tratamento de doenças . Freud inovou em dois campos. Simultaneamente, desenvolveu uma teoria da mente e da conduta humana, e uma técnica terapêutica para ajudar as pessoas afetadas psiquicamente. A psicanálise. Seus conceitos de inconsciente, desejos inconscientes e repressão foram revolucionários; propõem uma mente dividida  dominada em certa medida por vontades primitivas estão escondidas sob a consciência e que se manifestam nos lapsos e nos sonhos. Em sua obra mais conhecida, A Interpretação dos Sonhos, Freud explica o argumento para postular o novo modelo do inconsciente e desenvolve um método para conseguir o acesso ao mesmo, tomando elementos de suas experiências prévias com as técnicas de hipnose. Freud postula a existência de um pré-consciente, que descreve como a camada entre o consciente e o inconsciente. A repressão em si tem grande importância no conhecimento do inconsciente. De acordo com Freud, as pessoas experimentam repetidamente pensamentos e sentimentos que são tão dolorosos que não podem suportá-los. Tais pensamentos e sentimentos (assim como as recordações associadas a eles) não podem ser expulsos da mente, mas, em troca, são expulsos do consciente para formar parte do inconsciente. 

Bibliografia Consultada
SHEEHY, Noel; 50 grandes Psicólogos: suas idéias suas influências:
São Paulo, EDITORA CONTEXTO, 2006

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