A teoria de Piaget defende que o indivíduo passa por várias
etapas de desenvolvimento ao longo da sua vida. O desenvolvimento se dá através
do equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, resultando em adaptação.
Segundo esta formulação, o ser humano assimila os dados que obtém do exterior,
mas uma vez que já tem uma estrutura mental que não está "vazia",
precisa adaptar esses dados à estrutura mental já existente. O processo de
modificação de si próprio é chamado de acomodação. Este esquema revela que
nenhum conhecimento nos chega do exterior sem que sofra alguma alteração pela
nossa parte. Piaget fez seus estudos de psicologia do desenvolvimento
entrevistando milhares de crianças e inicialmente observando como seus filhos
cresciam. Através da minuciosa observação de seus filhos e principalmente de
outras crianças, Piaget impulsionou a Teoria Cognitiva, onde propõe a
existência de quatro estágios.
Estágios
Segundo Piaget, há quatro estágios básicos do
desenvolvimento cognitivo do pensamento infantil desde o nascimento até o
início da adolescência, quando a capacidade plena de raciocínio é atingida. O
primeiro é o estágio sensório-motor, que vai até os 2 anos. Nessa fase, as
crianças adquirem a capacidade de administrar seus reflexos básicos para que
gerem ações prazerosas ou vantajosas. É um período anterior à linguagem, no
qual o bebê desenvolve a percepção de si mesmo e dos objetos a sua volta. O
estágio pré-operacional vai dos 2 aos 7 anos e se caracteriza pelo surgimento
da capacidade de dominar a linguagem e a representação do mundo por meio de
símbolos. A criança continua egocêntrica e ainda não é capaz, moralmente, de se
colocar no lugar de outra pessoa. O estágio das operações concretas, vai dos 7
aos 11 ou 12 anos, tem como marca a aquisição da noção de reversibilidade das
ações. Surge a lógica nos processos mentais e a habilidade de discriminar os
objetos por similaridades e diferenças. A criança já pode dominar conceitos de
tempo e número.
Por
volta dos 12 anos começa o estágio das operações formais. Essa fase marca a
entrada na idade adulta, em termos cognitivos. O adolescente passa a ter o
domínio do pensamento lógico e dedutivo, o que o habilita à experimentação
mental. Isso implica, entre outras coisas, relacionar conceitos abstratos e
raciocinar sobre hipóteses.
Bibliografia Consultada
PALMER,
Joy A.; 50 Grandes Educadores Modernos:
de Piaget a Paulo Freire:
São
Paulo, EDITORA CONTEXTO, 2006
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