Edgar
Morin nasceu em 08 de Julho de 1921, na cidade de Paris, na França. É filho de
pais espanhois de religião judaica. A sua infância é marcada pelo preconceito e
as humilhações que sofria na escola devido a sua origem judaica. Aos nove anos
de idade, perdeu a sua mãe e passou a conviver também com tristeza provocada
pela morte de sua genitora. A dor e o sofrimento o levam a cultivar a saudade e
a esperança de dias melhores.
O
seu pai era um modesto comerciante, que procurava transmitir-lhe sua moral e
seus valores através de sua experiência de vida fundamentada no trabalho e no
respeito a vida.
Com
pouco mais de treze anos de idade, já buscava fervorosamente o saber e a
cultura através de diversas e variadas leituras, com o objetivo de aprender e
descobrir. Foi muito influenciado pelo romantismo e pelo racionalismo, que
serviram para reforçar a sua crença no amor e na razão, valores que orientam
sua vida, seu pensamento e sua obra.
Na
adolescência foi influenciado pelo comunismo, pois lhe pareceu a solução e o
caminho para atingir seus ideais e objetivos. Com dezenove anos, filia-se ao
partido comunista, onde permaneceu por dez anos, sendo expulso em 1951, por
divergências em relação ao estalinismo e críticas ao dogmatismo.
Em
seu ingresso na faculdade, dedicou-se com afinco as ciências sociais.
Graduou-se em Economia, Política, História, Geografia e Direito. Dedicou-se
muito a Economia Política, pois tinha o projeto pessoal de fazer, através da
Política, a humanização do processo econômico.
Concluiu
os estudos em 1942 e logo em seguida ingressou como voluntário combatente das
forças francesas de 1942 a 1944, ocupando o posto de tenente.
Foi
representante do Estado Maior do Primeiro Exército Francês na Alemanha, em
1945. Nesse mesmo ano casa-se com a socióloga francesa Viollete Chapellaubeau.
No ano seguinte torna-se chefe da
Acessoria de Comunicação e Imprensa do governo militar francês na Alemanha.
Neste mesmo ano, publicou o seu primeiro livro L`an zero de l`Allemagne(O Ano
zero da Alemanha), pela Ed. La Cité Universelle; obra sociológica, de cunho
jornalístico que retratava os horrores da Guerra na Alemanha.
Da
sua união com Viollete Chapellaubeau, nasceram duas filhas: em 1947, Irene Chapellaubeau Nahoun e, em 1948, Veronique
Nahoum.
De
1948 a 1963, desenvolve vários trabalhos literários e várias atividades
jornalísticas. Em 1957, funda a Revista Arguments em sociedade com alguns
amigos. O objetivo da revista era fazer
críticas à realidade sob os aspectos sociais, políticos, artísticos,
literários, científicos e humanos.
Em
1963, Edgar Morin, casa-se com a artista plástica de origem quebecoise-caribenha
Joahnne, com quem viaja ao Brasil diversas vezes.
De
1978 a 1975, integrou um grupo de estudos chamado “Grupo dos Dez”, onde entrou
em contato com as três teorias, que viriam mais tarde, fundamentar as suas
idéias sobre a teoria da complexidade: cibernética, teoria da informação e
teoria dos sistemas.
Em
1973, publica o livro L`paradigme perdu: la nature humaine(O paradigma
perdido: a natureza humana). Este livro
foi o ponto de partida para a construção do “Método”, série de livros, onde
Edgar Morin explica minuciosamente a sua teoria da complexidade.
Em
1973, torna-se co-diretor do CETSAS – Centro de Estudos Transdiciplinares,
Sociologia, Antropologia e Semiologia que mais tarde viria a se chamar CETSAH -
Centro de Estudos Transdiciplinares, Sociologia, Antropologia e História da
EHESS – Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris, e ligado ao CNRS
– Centro Nacional de Pesquisa Científica.
Morin,
permaneceu no CETSAH até 1989, mais ainda colabora ativamente. Nesse mesmo
período assume a direção da Revista Communications, com o intuito de orientar e
divulgar os trabalhos das investigações transdiciplinares da Ciência e sua
complexidade.
Em
1977, é publicado o primeiro volume de sua mais importante obra “O Método”, que
foi concluído em 2004, com a publicação
do sexto e último volume. Nesse período o escritor se dedicou também a outros
trabalhos literários complementares, sob o prisma da complexidade do
pensamento.
No
início da década de 80, Morin casa-se pela terceira vez, desta, com a sua amiga
dos anos 60 Edwirges Lanegrav.
A
partir de 1998, Morin dedica-se com afinco a educação e a assume como
responsabilidade cidadã e planetária.
Em
1999, cria a “Cátedra Intinerante UNESCO ´Edgar Morin` - para o pensamento
complexo” com sede na Universidade de Salvador, em Buenos Aires, e funda com
Cândido Mendes a “Academia da Latinidade”, sediada no Rio de Janeiro.
Edgar
Morin recebeu vários prêmios ao longo de sua vida, entre os quais destacamos
O Prêmio Europeu de Ensaio Charles
Veillon – 1988; Prêmio Via-Régio Internacional – 1989; Palma de Ouro no
Festival de Struga – 1990 e Prêmio Europeu da Mídia pela Cultura – 1991. É
Doutor Honoris Causa pelas Universidades de Perugia, Palermo e Milão na Itália;
Universidade de Genebra, na Suíça; Universidade de Bruxelas, na Bélgica;
Universidade Tecnológica de La Paz, na Bolívia, e várias outras.
No
Brasil também recebeu o título de Doutor Honoris Causa em diversas
Universidades, dentre elas: Universidade de Cândido Mendes, no Rio de Janeiro;
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; Universidade Federal do
Rio Grande do Norte; Universidade Federal da Paraíba e Universidade Federal de
Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.
Atualmente
Edgar Morin, é presidente da APC – Associação para o Pensamento Complexo, em
Paris, e presidente da Agência Européia para a Cultura, da UNESCO.
Bibliografia Consultada
PETRAGLIA, Izabel. Edgar Morin: a educação
e a complexidade do ser e do saber. 10. ed. Revista e ampliada. Petrópolis,
RJ: Vozes, 2008.
Os trabalhos de Morin têm sido inspiração para uma nova perspectiva de educação.
ResponderExcluirInteressante
ResponderExcluirPensador filosofo
ResponderExcluirExcelente pensador
ResponderExcluirPensador conceituado no Século XXI
ResponderExcluir